sábado, junho 29, 2019

Os primeiros casos de Poirot - Agatha Christie


Título: Os primeiros casos de Poirot
Autor: Agatha Christie
Ano da publicação: 1974
Páginas: 200
Editora: Nova Fronteira
Nota no Skoob: 3,9

Todo grande profissional foi lapidado nos primeiros anos de experiência. Esse é o ponto chave em “Os primeiros casos de Poirot”, em que o maior e mais renomado detetive dos romances policiais coloca suas células cinzentas em ação para desvendar 18 casos no início de sua carreira e que consolidaram sua reputação. Entre os casos estão assassinatos, roubos, estelionatos, sequestro e até conspirações que em sua grande maioria são narrados pelo capitão Hastings, grande amigo e companheiro de Hercule Poirot.
Somos apresentados à um detive demasiadamente orgulhoso de seus feitos, um tanto quanto arrogante em alguns momentos, vaidoso com seu bigode, um grande observador do comportamento humano e de fato muito sagaz. Desde os primeiros anos Poirot, não deixa detalhes de lado, chegando à conclusões incríveis e desvendando os casos que parecem sem solução.
Os casos são narrados rapidamente, mas nada que comprometa a qualidade das histórias e mesmo com uma linguagem mais rebuscada, a escrita é muito fluída. 

Avaliação:

❤❤❤❤❤

O que ganhou meu coração?

Esse é mais um livro que li em conjunto com os colaboradores do Doces Sonhos Literários e essas leituras em conjuntos são uma rica troca de experiências. À medida em que vamos debatendo cada capítulo ou caso, vamos absorvendo melhor do livro, observando detalhes que não tínhamos prestado atenção, compreendendo o ponto de vista de outra pessoa sobre a história e corroborando nossas próprias teorias sobre a trama. Fazer esse exercício caso a caso foi divertido e inspirador. É verdade que Poirot não é o meu detetive preferido e sim Miss Marple, mas com uma escrita fluída e muito envolvente, a leitura nos prende e eu me pego em alguns momentos admirando o arrogante e pretensioso detetive Poirot.
O desfecho dos casos, muitas vezes surpreendente, e as motivações nos dão uma ideia da mente brilhante de Agatha Christie, do quanto ela era à frente do seu tempo, e também, uma grande observadora do comportamento humano. Os casos que mais gostei foram os que a narração não foi feita por Hastings, pois elas trouxeram mais suspense e mistério à leitura. Apesar disso, simpatizo muito com o Capitão Hastings e sua lealdade à Poirot, mesmo em muitos momentos em que ele é um tanto grotesco com relação ao amigo. Vale a pena a leitura.


CURIOSIDADE SOBRE HERCULE POIROT: Agatha Christie criou Hercule Poirot, inspirando-se nos refugiados belgas. Em Agatha Christie – Uma autobiografia consta a seguinte referência: "Porque não fazer do meu detetive um belga?... Eu posso vê-lo como um homenzinho meticuloso, sempre organizando as coisas, preferindo os quadrados ao invés dos redondos. E ele deve ser muito inteligente!" (FONTE: Conheça a história de Hercule Poirot: o famoso detetive belga criado por Agatha Christie por L&PM Editores, disponível no site www.lpm.com.br).



Namastê e até a próxima!
Isa Vieira

quinta-feira, junho 27, 2019

Menina Má - William March

Olá!


Hoje venho trazer uma resenha de um livro que amei ler.

Título: Menina Má
Autor: William March
Ano da publicação pela editora Darkside: 2016
Páginas: 272
Editora: DarkSide Books
Nota no Skoob: 4,1



''Será a maldade uma semente que carregamos dentro de nós, capaz de brotar na mais adorável das crianças.''

Christine Penmark é casada com um engenheiro recém promovido, que passa muito tempo longe de sua mulher e filha devido ao trabalho. Eles acabaram de se mudar e Christine tem que se adaptar à nova vizinhança, novos amigos e com as mudanças de comportamento de sua filha, Rhonda. Uma menina de apenas 8 anos, extremamente inteligente, mas que esconde um caráter muito duvidoso. Egoísta, invejosa e mimada, porém muito astuta, com sua voz mansa e um sorriso cativante, ela consegue tudo o que quer de todos que a rodeiam.
Os problemas começam a acontecer após a morte de um menino da classe de Rhonda, durante um passeio escolar. Ao descobrir o fato, Christine começa a fazer uma incansável investigação sobre a conduta de sua filha e o resultado pode não ser algo que ela possa conviver, ainda mais quando ela acaba fazendo descobertas sobre seu próprio passado.
O tema psicopatia e assassinato sempre me fascinaram, mas foi algo inédito ler um livro sobre uma criança de oito anos que é uma das suspeitas de cometer assassinatos e tem uma tendência psicopata (não podemos afirmar que ela seja psicopata, pois aos 8 anos o caráter e a psique da criança não estão formados, então ela teria um transtorno de conduta, que se não tratado, pode evoluir para a psicopatia quando adulto).
Já começo indicando que você leia o prefácio, pois ele conta a história do autor e seu desejo de escrever esse livro. Assim como as dificuldades que encontrou enquanto o escrevia. É algo que só vai acrescentar e fazer valorizar ainda mais a leitura desta obra.

Avaliação:

❤️❤️❤️❤️❤️

O que ganhou meu coração?

O final do livro. Sabe aquele final que é um tapa na cara e uma voadora no meio dos peitos? Risos
Então, assim foi o final desse livro para mim.
É um pouco controverso e já conversei com muitas pessoas que discordam e preferiam um outro fim, mas eu não escolheria nada mais condizente com a realidade e verdadeiro do que foi escrito.
Além disso, reforço que um livro sobre uma criança com transtorno de conduta e que pode vir a cometer assassinatos é algo inédito pra mim e muito à frente de seu tempo (1954), levando em consideração a época da primeira publicação. Há de se ressaltar também o quanto é interessante a descoberta que Christine, mãe de Rhonda, faz a respeito de si mesma e do seu passado, quando começa a desvendar o porquê sua filha age desta forma doentia.
O autor, que era um curioso sobre a psicanálise, consegue explicar muitas coisas através da luz da psicologia Freudiana.

Sinopse:

Publicado originalmente em 1954, MENINA MÁ se transformou quase imediatamente em um estrondoso sucesso. Polêmico, violento, assustador eram alguns adjetivos comuns para descrever o último e mais conhecido romance de William March. Os críticos britânicos consideraram o livro apavorantemente bom. Ernest Hemingway se declarou um fã. Em menos de um ano, MENINA MÁ ganharia uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação ao cinema indicada a quatro prêmios Oscar, incluindo o de melhor atriz para a menina Patty McComarck, que interpretou Rhoda Penmark.

Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.

MENINA MÁ é um romance que influenciou não só a literatura como o cinema e a cultura pop. A crueldade escondida na inocência da pequena Rhoda Penmark serviria de inspiração para personagens clássicos do terror, como Damien, Chucky, Annabelle, Samara, de O Chamado, e o serial killer Dexter.
 

Curiosidades:

Em 1956 o livro Menina Má foi adaptado para o cinemas com o título 'A tara maldita' e concorreu a diversos prêmios.

Sinopse do Filme:

Edinburgo, 1932. Jean Brodie (Maggie Smith) é uma professora em uma escola para meninas, que inspira suas estudantes com suas idéias sobre arte, música e política, sendo que a última é baseada em noções românticas, que a levam a expressar sua admiração pelo fascismo na Itália. Jean fez um pequeno círculo social de alunas que a adoram, composto por Mary McGregor (Jane Carr), Jenny (Diane Grayson) e Sandy (Pamela Franklin). Além disso, ela não consegue manter os detalhes mais íntimos de sua vida privada em segredo nem mesmo de seus alunos. Paralelamente, a senhorita MacKay (Celia Johnson), a séria diretora da escola, desaprova a influência de Jean, tendo suspeitas sobre a impropriedade das ações da professora. À medida que a senhorita Brodie se envolve em batalhas com as cabeças rígidas da escola e confunde dois homens apaixonados por ela, também terá de enfrentar o maior julgamento de sua vida, quando sua carreira e vida tornam-se ameaçadas por uma de suas próprias alunas.

Título original: The Bad Seed

Trailer:



Em 2018 foi lançado um remake de The Bad Seed.
Remake televisivo do clássico "A Tara Maldita" traz Rob Lowe como um pai que parece ter tudo sob controle. Mas quando uma tragédia acontece na escola da sua pequena filha Emma (Mckenna Grace), ele é forçado a questionar tudo que sabia sobre sua amada garota.
Crédito: filmow.com

Trailer:


Beijos no 💜 

Bianca

terça-feira, junho 25, 2019

Enclausurado – Ian McEwan

Resenha de Enclausurado – Ian McEwan


"Considero-me um inocente, mas tudo indica que participo de uma conspiração. Minha mãe, abençoado seja seu incansável e barulhento coração, parece estar envolvida."



Ano: 2016
Páginas: 200
Idioma: português 
Editora: Companhia das Letras
Nota no Skoob: 3.9

Publicado em 2016, Enclausurado é escrito por Ian McEwan, conhecido por seu maior sucesso, Reparação, que posteriormente virou filme, Desejo e Reparação.  Lembro que não precisei de mais de um capítulo para o autor me conquistar por completo e desde então sou grande fã e tento acompanhar tudo sobre sua obra, sempre aguardando ansiosamente por mais. Porém nem toda minha devoção evitou o estranhamento após ler a premissa desse que é um dos livros mais “diferentes” que tive contato. Começando pelo narrador, que é nada menos que um feto e toda a narrativa se desenrola a partir de sua percepção da vida e das coisas, ou seja, seu fluxo de pensamento. Como se já não bastasse a estranheza da figura do narrador, uma trama policial shakespeariana começa a se desenrolar quando o protagonista descobre as intenções de sua própria mãe, que juntamente com o amante (que também é seu tio) planejam assassinar seu pai, basicamente recontando a história de Hamlet de uma forma envolvente e brilhante, como já é de costume vindo de McEwan.
Extremamente filosófico, Enclausurado nunca se permite ser raso ao mesmo tempo que não abre mão da simplicidade das palavras. É uma leitura cuja experiência irá te acompanhar para muito além das páginas.
Desfrute de cada frase e delicie-se do que de melhor a literatura britânica contemporânea tem a oferecer.

Avaliação: 

💜💜💜💜💜

Sinopse:

O narrador deste livro é nada menos do que um feto. Enclausurado na barriga da mãe, ele escuta os planos da progenitora para, em conluio com seu amante — que é também tio do bebê —, assassinar o marido. Apesar do eco evidente nas tragédias de Shakespeare, este livro de McEwan é uma joia do humor e da narrativa fantástica. Em sua aparente simplicidade, Enclausurado é uma amostra sintética e divertida do impressionante domínio narrativo de McEwan, um dos maiores escritores da atualidade.

Até a próxima, Rafa Ferraz!

domingo, junho 23, 2019

Um passe de mágica – Agatha Christie



Todos nós, administradores do blog, nos reunimos para fazer leituras em conjunto. Criamos um grupo no Whatsapp para os debates e escolhemos, primeiramente, ler os clássicos de Agatha Christie. A primeira leitura foi “Um passe de mágica” e ao final eu só me perguntava: Por que demorei tanto para ler Agatha Christie? Cheguei a ganhar dois exemplares quando era mais nova, mas nunca os li e depois de uma mudança de Estado, acabei me desfazendo deles. Mas enfim, vamos à história que apesar de ser julgada pelos leitores da Rainha do Crime como não sendo uma dos melhores da autora, ganhou meu coração.
Miss Marple é uma típica “velhinha” solteirona do vilarejo de Saint Mary Mead, na Inglaterra. Carrie Louise e Ruth são duas irmãs, que seguiram rumos diferentes em suas vidas. Elas são amigas de longa data de Miss Marple e numa das visitas, Ruth fala para Miss Marple sobre sua preocupação com a irmã Carrie Louise. Ruth sente que algo está acontecendo na propriedade e na vida da irmã e pede à amiga que faça uma visita a ela para verificar se suas suspeitas são reais.
Miss Marple pede algumas informações a mais e prontamente se dispõe a ajudar. Sob o pretexto de que precisa de uns dias de descanso, Miss Marple chega à propriedade de Carrie Louise em Stonygates, e durante sua estadia, acontecem três crimes.’’ Muitos personagens moram na mesma propriedade, se envolvem na trama e se tornam possíveis suspeitos. Para completar Carrie Louise e o marido mantêm um reformatório para jovens delinquentes bem ao lado de sua propriedade, aumentando ainda mais o número de suspeitos.
Miss Marple com sua sagacidade, observação e experiência do comportamento humano ajuda a desvendar os crimes e as motivações como “num passe de mágica”.  À medida em que ela apresenta a solução como num palco de teatro, os próprios detetives da polícia a consideram “louca”, mas logo se rendem à “esperteza” e ao raciocínio lógico, da simpática velhinha.
A previsibilidade do autor ou dos autores dos crimes (para mim no caso) não tira a qualidade da trama que envolve os leitores e nos faz observar cada personagem, cada situação de maneira isolada, conhecendo um pouco mais de cada um e como sua história pode se revelar um motivo para cometer o crime. Mesmo com a possibilidade de descobrirmos o assassino, as motivações e o desfecho nos surpreendem.

Avaliação:

♥♥♥♥♥

O que ganhou meu coração?

Um passe de mágica foi lançado em 1952 e numa época em que as mulheres começavam a dar os primeiros passos rumo às conquistas de seus direitos, mas ainda assim, eram vistas com desconfiança e com sua participação na sociedade reduzida apenas a donas de casa, ter uma personagem como Miss Marple, sagaz, inteligente, firme, de raciocínio rápido e elucidando crimes, ganhou meu coração definitivamente. Para os apaixonados pela rainha do crime, Hercule Poirot, é o melhor detetive da autora, mas eu receio que para mim, será sempre Miss Marple que com sua astúcia, seu poder de observação do comportamento humano, sem se deixar enganar pelas aparências, revela o lado mal da humanidade, trazendo uma saborosa e instigante leitura. A escrita também é um deleite para leitores ávidos e nos faz colocar a “cachola” pra funcionar em cada situação ou personagem que se apresente durante o desenrolar da história.

quinta-feira, junho 20, 2019

O Colecionador – John Fowles



Resenha O Colecionador – John Fowles (Sem Spoilers)


“A vida é uma piada, é besteira levá-la a sério. Seja sério em sua arte, mas brinque um pouco sobre tudo mais.” p. 203


Depois de muito tempo com cópias esgotadas, O Colecionador ganhou nova edição no Brasil graças a DarkSide Books, que mais uma vez nos presenteou com seu habitual capricho, trazendo uma introdução de ninguém menos que Stephen King, conteúdos extras e acabamento perfeito, tornando o prazer de folhear o livro ir além da leitura.
Escrito em 1963 por John Fowles, a obra conta a história de Frederick Clegg, um jovem solitário de aparência frágil e voz serena, cujo hobbie é colecionar borboletas, porém, como se diz popularmente, as aparências enganam. Frederick esconde um segredo, ele é obcecado por uma jovem estudante de arte, Miranda Grey, que não suspeita de nada, mas cada um de seus passos e seus hábitos são monitorados e seu destino está prestes a mudar da forma mais drástica possível. O protagonista é funcionário público de uma pequena cidade da Inglaterra até que sua vida muda quando ele ganha na loteria, o que o possibilita comprar uma antiga casa afastada da cidade e começar seus planos para “conquistar” Miranda. Ressalto as aspas pois, seu plano de conquista consiste em sequestra-la e a manter confinada pois em sua mente, basta que eles passem um tempo juntos para ela o conhecer melhor e assim, quem sabe, se apaixonarem. E é para essa loucura que somos transportados logo nas primeiras páginas, sem enrolação e indo direto ao ponto.
O Livro é divido em três partes, sendo a primeira o ponto de vista de Frederick, seus pensamentos e conversas com Miranda e neles o autor trabalha muito bem os diálogos e todas as diferenças na forma de pensar e agir geram conflitos entre eles que refletem seus conflitos internos, de alguma forma nos fazendo sentir os traumas e os sofrimentos de cada um. Diferente do que imaginamos de um sequestrador, Clegg é sempre muito respeitador e dedicado, quase fazendo você se simpatizar por ele em alguns momentos e isso foi extremamente perturbador para mim pois me fez pensar em como poderia sentir empatia por um ser que comete uma atrocidade como a que ele cometeu? A escrita de Fowles, ao meu ver, se destaca principalmente por isso, pelos pensamentos e sentimentos conflitantes que me acompanharam ao longo da leitura. Para citar outro exemplo, Miranda me despertou certa irritação em seus momentos de arrogância e prepotência, quase me fazendo esquecer que ela é a vítima.
A segunda parte é um diário escrito pela própria Miranda enquanto prisioneira, obviamente mostrando o seu ponto de vista dos acontecimentos, suas percepções, seus planos de fuga e eventualmente acontecimentos de seu passado vão sendo melhor explorados e vamos nos dando conta da complexidade da mente dela, criando uma aproximação cada vez maior do leitor e consequentemente aumentando nosso desconforto com sua situação chegando ao ponto do progressivo desespero dela se tornar o nosso desespero. A sensação transmitida através da escrita dela é angustiante e claustrofóbica e de fato me peguei olhando a minha volta e pensando como seria se eu não pudesse sair dali tamanha foi minha imersão.
A terceira parte eu prefiro não revelar, não para aumentar a curiosidade, mas acredito que quanto menos se sabe dessa narrativa, mais instigante e apreensiva ela se torna. Fica a recomendação deste que foi para mim a experiência literária mais incômoda e angustiante da minha vida, e se isso não for o suficiente para te convencer, a obra inspirou não apenas o já citado Stephen King como outros mestres do suspense, como Neil Gaiman e Thomas Harris, esse último disse inclusive que seu livro, O Silencio dos Inocentes, só foi possível graças à O Colecionador. Apenas prepare seu psicológico e mergulhe nessa experiência que é tão incômoda quanto recompensadora.

Avaliação: 


💜💜💜💜💜

Sobre o Filme
O Livro ganhou uma adaptação em 1965 dirigido por William Wyler e estrelado por Terence Stamp e Samantha Eggar. Ao meu ver é um filme injustiçado, por não ser um típico filme nos moldes de Hollywood, poucas pessoas o conhecem, o que é uma pena já que se trata de um excelente filme e com relativa fidelidade ao livro. Digo relativa pois o livro é muito mais denso e complexo, explorando muito mais a psique dos protagonistas. Dessa forma, o filme é mais fácil de digerir e menos incomodo do que o livro se permite ser, mas definitivamente trata-se de um clássico do suspense que merece ser visto.

Trailer:


Rafa Ferraz